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SALVAR OS PERDIDOS, E SOCORRER OS SANTOS.
SALVAR OS PERDIDOS, E SOCORRER OS SANTOS.

MENSAGEM: SALVAR OS PERDIDOS, E SOCORRER OS SANTOS.
POR PASTOR JONATAN MELLO
Dezenove séculos depois de Paulo, a igreja ainda não conseguiu cumprir a ordem do Senhor. Creio que esta demora passa pela atitude que nós, os embaixadores celestiais, temos adotado em relação ao mundo que devemos alcançar (2Co 5.20). Os sacerdotes do reino de Deus (1Pe 2.9; Hb 5.1,2) não conseguem ter pelos ignorantes a mesma compaixão que teve Jesus, nosso Sacerdote Eterno: "Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9.36). "...Ele, porém, lhes disse: É necessário que Eu anuncie o Evangelho do Reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado" (Lc 4.42,43; 8.1; Mc1.38). 
A maior parte da igreja no Ocidente é absolutamente indiferente à situação de, pelo menos, metade da população do mundo que não tem chance de ouvir o Evangelho do Reino de Deus e se quer sabe quem é Jesus, o Filho de Deus, o Amado de nossa alma, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Emanuel – o Deus que veio estar conosco!

Estamos satisfeitos com a nossa salvação e não conseguimos ter compaixão dessa gente. A ocupação com a obra em nossa cidade e país não nos permite parar e pensar neste assunto incômodo. Se não pensamos, então, não nos informamos, não oramos, não nos movemos, nem nos comprometemos. 

Um dos motivos pelos quais somos indiferentes e não nos movemos é que, mesmo depois de décadas e até séculos da igreja estabelecida em uma região, ainda não podemos dizer como Paulo disse, depois de 20 anos de trabalho: “... não tendo já campo de atividade nestas regiões...” (Rm. 15.23). Os anos passam e o avanço da igreja é quase insignificante. Nos últimos 10 anos, quantos alcançamos na nossa família, trabalho, bairro ou cidade? Não temos ímpeto suficiente para alcançar nossa região. Isso só acontecerá quando pudermos, como Paulo, dizer:“...ai de mim se não pregar o Evangelho... Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos,a fim de ganhar o maior número possível... Fiz-me de tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9.16-23).

Creio que precisamos de arrependimento. Sinto muita vergonha porque não consigo ter compaixão pelos perdidos que estão ao meu redor. Tenho orado para que Deus não me abandone, para que me conceda arrependimento, para que o Seu amor ao mundo encha meu coração também (Jo 3.16). Esta oração tornou-se minha última esperança, para que eu não me torne um insensível egoísta. Quero alegrar ao meu Amado Senhor! (Is 53.11).

Há, ainda, muito lugar na casa de Deus! Sua festa foi preparada para muito mais gente! É preciso sair pelos valados e trazer à força, os que não sabem das Bodas do Cordeiro (Lc.14.15-24).

“Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fosseis os maltratados. Lembrai-vos, porém dos dias anteriores em que, depois de iluminados,sustentastes grande luta e sofrimento: ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio, quanto de tribulação;ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável”. (Hb.13.3; 10.32-34).

É certo que o apóstolo não está se referindo aos criminosos, mas aos santos prisioneiros. Santos estes que foram maltratados, porque tentaram fazer o que hoje fazemos sem nenhuma oposição: pregar o evangelho e se reunir como igreja, para ter comunhão e se edificar mutuamente.

É impressionante a insistência do Senhor Jesus e dos apóstolos em falar de perseguição. Como a Palavra de Deus é para todos os tempos, e não só para o primeiro século, só há uma explicação: “...estamos designados para isto” (1Ts 3.3). “Porquanto para isto mesmo fostes chamados...” (1Pe 2.20,21).

Quase nenhum de nós sabe mas, durante o século XX, mais cristãos foram mortos por causa da sua fé do que durante todos os outros dezenove séculos juntos.

Todos sabem dos seis milhões de judeus mortos pelo nazismo de Hitler mas, quantos sabem dos milhões de cristãos zombados, humilhados de modo degradante e mortos durante o domínio comunista na União Soviética? Foram 70 anos de feroz perseguição aos nossos irmãos, desde a Revolução Bolchevista em 1917, que marcou o início do comunismo com Lênin, até a queda do muro de Berlin em 1989, que marcou o fim da União Soviética e seu comunismo anti-Deus. Livros como: “Cristo em Cadeias Comunistas”, “Torturados por Amor a Cristo”, “Quando vem a Perseguição” e outros trazem relatos dramáticos deste tempo de terror. 

A Rússia e todo o Leste Europeu era de tradição cristã milenar. O movimento dos Morávios, que enviou missionários por todo o mundo, aconteceu nos países da Europa Oriental. 

O comunismo é um sistema ateu baseado no ódio. Seria impossível implantar o comunismo sem eliminar o cristianismo. Estima-se que, só Stálin, assassinou dezessete milhões de pessoas. Quantos eram nossos irmãos em Cristo? E os demais dirigentes soviéticos, nestes 70 anos, quantos cristãos mataram? E na China, Cuba, África e onde quer que tenha chegado o comunismo? 

E no mundo islâmico, ainda hoje? E o catolicismo mexicano? E nas guerrilhas do Peru e Colômbia? Calcula-se que só no Peru 700 pastores tenham sido assassinados, desde o surgimento do movimento guerrilheiro “Sendero Luminoso”, no final da década de 70, até início da década de 90. Quantos, ainda, sofrerão e morrerão por causa do testemunho que têm que sustentar (Ap 12.11)?

“...Vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, Santo e Verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram” (Ap 6.9-11).

É certo que este número não se completou, ainda.

Se aqueles que entenderam o Propósito Eterno de Deus – uma só família (Gl 6.10), que entenderam que a igreja de Deus é um único pão (1Co 10.17), um só corpo, o Corpo de Cristo (Rm 12.4,5; 1Co 12.25,26), se estes não se incomodarem com estas coisas, quem o fará? Hoje, nos esforçamos para que a igreja saiba, se incomode, se comprometa e se mova. Mova-se para resgatar os que nunca ouviram do Senhor Jesus, do Seu amor e da Sua autoridade. E se mova, também, para consolar os santos que sofrem e morrem por amor de Jesus. Consolar e socorrer as viúvas e órfãos dos mártires do século XXI.

Sejamos as mãos do Senhor Jesus, a lavar os pés destes servos que vivem “onde a fé tem o seu preço mais alto”.

“Então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, e o sirvam de comum acordo.” (Sf. 3.9).

“E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2.32).

PASTOR JONATAN MELLO.